Dona Soledade: a última benzedeira de Mandaguari e guardiã de uma tradição ancestral
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Mandaguari Antiga

Dona Soledade: a última benzedeira de Mandaguari e guardiã de uma tradição ancestral

Professor Levi Alvelino
 Dona Soledade: a última benzedeira de Mandaguari e guardiã de uma tradição ancestral Dona Soledade Parra, aos 85 anos

Retalhos da Memória - Professor Levi Alvelino

Soledade Parra Martinez: um legado de fé e cura em Mandaguari

Na memória coletiva de Mandaguari, as benzedeiras ocupam um espaço especial. Entre elas, destaca-se Soledade Parra Martinez, uma das últimas representantes dessa tradição na cidade. Aos 85 anos, Dona Soledade não apenas mantém viva uma prática ancestral, mas também carrega consigo o dom de transformar vidas por meio da fé e da generosidade.

Nascida em Cafelândia-SP, em 6 de julho de 1931, Dona Soledade chegou a Mandaguari em 1958. Viúva e mãe de quatro filhos, encontrou na prática do benzimento sua missão de vida. Sua casa, no Jardim Esplanada, é um verdadeiro refúgio de paz, cercada por plantas, árvores e gatos, um ambiente que reflete sua serenidade e dedicação ao próximo.

Aprendeu a benzer ainda jovem, observando a mãe em visitas a doentes e ouvindo orações de cura. Desde então, nunca parou. “Recebi de graça e dou de graça”, afirma. Católica e devota de Santa Rita, ela mantém um altar em sua casa e organiza encontros semanais de oração, nos quais fé e tradição se encontram para fortalecer a comunidade.

Dona Soledade atende pessoas de todas as idades e classes sociais, oferecendo alívio para dores físicas, emocionais e até dificuldades financeiras. Para ela, o benzimento não é um trabalho, mas um dom que depende da fé de quem benze e de quem é benzido.

Pesquisas como as da antropóloga Luanna Rocha dos Santos destacam a relevância cultural das benzedeiras, enquanto especialistas como a psicóloga Maria Teresa Muzardo reconhecem o papel da espiritualidade como fator de resiliência e bem-estar. Em tempos de avanço tecnológico, práticas como as de Dona Soledade nos lembram da importância de preservar tradições que conectam ciência, fé e cultura.

Dona Soledade é mais do que uma benzedeira; é um patrimônio vivo de Mandaguari, uma ponte entre o passado e o presente, entre o espiritual e o humano. Sua história inspira e nos convida a refletir sobre o valor da simplicidade e da empatia em um mundo cada vez mais distante de suas raízes.




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